"Qual seu limite? Quais os obstáculos que se apresentam em seu caminho? Você é que faz seu destino, você que estipula seus limites, os obstáculos, esses existem, mas nunca são intransponíveis, tudo depende de sua motivação pessoal, de seu otimismo em relação a vida."
"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria."

"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dicas de estudo para disputar 80 vagas na Abin

Salários são de R$ 4,2 mil e R$ 10,2 mil, e trabalho é em Brasília. Candidato poderá ter vida social investigada e passar por teste antidroga.


abin 


 Agência tem sede em Brasília (Foto: Divulgação)

 O recém-aberto concurso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é uma boa oportunidade para quem deseja atuar na área policial. São 50 vagas de nível superior para formações específicas e 30 de nível médio ou médio-técnico, todas para lotação em Brasília. Os salários são R$ 10.216,12 e R$ 4.211,04, respectivamente.


É o primeiro realizado para os cargos de oficial técnico de inteligência e agente técnico de inteligência, criados em 2008 por meio da Lei nº 11.776/08, que regulamenta a carreira. As atribuições são diferentes daquelas previstas no concurso realizado em 2008, de oficial de inteligência e agente de inteligência. Os cargos técnicos estão mais relacionados a atividades técnico-administrativas, suporte e apoio logístico. O trabalho poderá ocorrer em regime de plantões, escala ou turnos.
Pontualidade e “urbanidade” exigidas

Mas, como todo concurso para área policial, este também inclui, entre suas etapas, a investigação social. Ela está detalhada na Instrução Normativa nº 007-Abin/GSIPR/2010, publicada na mesma data do edital de abertura do concurso. O objetivo é verificar se o candidato possui idoneidade moral e boa conduta, imprescindíveis para o exercício de suas atribuições futuras.

O concurso, segundo o edital, descarta quem costuma faltar com hábitos como pontualidade e “urbanidade” (civilidade). Também são considerados fatos que comprometem a idoneidade e conduta do candidato: relacionamento ou exibição em público com pessoas de notórios e desabonadores antecedentes criminais ou morais; uso ou dependência química de drogas ilícitas de qualquer espécie e embriaguez contumaz.

Teste antidroga

Também a avaliação médica obedecerá a rigorosos critérios, estabelecidos em instrução normativa própria (I.N.nº 006-ABIN/GSIPR/2010006/2010). Ao se inscrever no certame, o candidato autoriza a Abin a solicitar a realização e eventual repetição, com ou sem coleta de material, de quaisquer exames, inclusive toxicológicos, para detecção de drogas de uso ilícito. Isso também é comum em concursos para a área policial.

Não haverá prova de capacidade física, uma vez que as atribuições não envolvem exigências físicas específicas, conforme informa a Abin.

Como é a prova
Com prova prevista para acontecer em 14 de novembro, restam praticamente dois meses para intensificar a preparação. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) é a banca examinadora responsável pelo concurso, que constará das seguintes fases: provas objetiva e discursiva - eliminatórias e classificatórias; além da investigação social e funcional, e avaliação médica, que são eliminatórias.

A última etapa é o curso de formação, eliminatório e classificatório, a ser realizado em Brasília. A primeira e a segunda etapas ocorrerão nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.

Como é característica do Cespe, as provas objetivas serão constituídas de itens para julgamento como “certo” ou “errado”, sendo que cada marcação incorreta valerá 1 ponto negativo. Assim, é preciso cautela na hora de marcar itens em que se tenha dúvida, lembrando que itens não assinalados não contarão pontos e há exigência de pontuação mínima em cada prova.

As provas constarão de 50 itens referentes aos conhecimentos gerais e 100 referentes aos conhecimentos específicos. Para não ser eliminado, o candidato precisará fazer, no mínimo, 10 pontos na prova de conhecimentos gerais, 30 na de específicos e 45 no conjunto das duas.

O candidato precisa estar preparado para responder a assuntos de mais de uma matéria por item, afinal a interdisciplinaridade das questões é outra característica do organizador. Os enunciados costumam ser bem elaborados e é preciso estar atento aos detalhes para não cair em armadilhas, como situações em que expressões como “nunca”, “sempre” alteram a análise do quesito. Neste tipo de prova, contam muito a compreensão e capacidade de raciocínio do candidato, além do conhecimento.

É essencial treinar a resolução de provas de concursos anteriores realizados pelo Cespe, a fim de se familiarizar com características tão específicas.

Matérias exigidas
Os conhecimentos gerais são os mesmos para todos os cargos, tanto de nível superior, quanto de nível médio: português, raciocínio lógico, noções de informática, legislação, noções de direito constitucional e administrativo. Dentro de legislação há assuntos de direito penal e de arquivologia.

Os conhecimentos específicos variam de acordo com o cargo/formação específica de nível superior e médio ou médio-técnico.

Para o cargo de agente técnico administrativo, o conteúdo programático específico confirma a tendência atual de outros concursos para cargos de nível médio com funções administrativas: noções de conhecimentos relativos a administração pública, administração financeira e orçamentária (AFO), gestão de pessoas, administração de recursos materiais e arquivologia.

A prova discursiva valerá 10 pontos e o candidato precisará fazer um mínimo de cinco para não ser eliminado. Serão corrigidas as provas discursivas dos candidatos não eliminados nas objetivas e classificados em até cinco vezes o número de vagas referente a cada cargo. O objetivo é avaliar não somente o conhecimento sobre o tema proposto, mas também a capacidade de expressão do candidato dentro da norma culta da língua portuguesa.

* Lia Salgado, fiscal de rendas do município do Rio de Janeiro, é consultora em concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”

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