"Qual seu limite? Quais os obstáculos que se apresentam em seu caminho? Você é que faz seu destino, você que estipula seus limites, os obstáculos, esses existem, mas nunca são intransponíveis, tudo depende de sua motivação pessoal, de seu otimismo em relação a vida."
"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria."

"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não dá para enquadrar os estagiários

Os novatos acreditam que podem mudar o mundo e isso é bom


 O que vocês lerão a seguir é um artigo onde o comentarista MAX GEHRINGER, responde a dúvidas de alguns leitores, sobre a melhor postura e atitude de se ter dentro de uma empresa. Os temas são bem variados. Espero que curtam assim com eu e que possa ser de grande ajuda.
Boa leitura!


Nada tenho contra estagiários, ao contrário. Mas acredito que alguns exageram. São jovens que usam fone de ouvido, falam alto e contestam coisas que não entendem. Como proceder para que eles aproveitem melhor a chance que estão tendo?Josué
 
Não sei como você era quando tinha 20 anos, Josué. Mas, de modo geral, jovens são assim mesmo, contestadores, cheios de razão e com certa intolerância pela hierarquia. Eles aprenderão, como todos nós aprendemos, que a vida profissional é um pouco mais complicada do que parece. Mas, por enquanto, permita que eles queimem energia e acreditem que é possível mudar o mundo. Porque alguns deles conseguirão.

Estou sendo prejudicada por uma colega. Ela me atropela, executa tarefas que competem a mim e vive na sala de nossa gerente, gabando-se de que faz mais do que a função exige. Desconfio que essa colega está tramando alguma coisa contra mim. O que posso fazer?Flávia
 
Olhando pelo lado inverso, Flávia, sua colega pode ser proativa, além de estar utilizando muito bem o marketing pessoal. São duas coisas positivas. Sua desconfiança quanto às intenções dela está baseada em seu ponto de vista, mas o que realmente importa, nesse caso, é o ponto de vista de sua gerente. Se sua colega está recebendo cumprimentos pela iniciativa que demonstra, e recebendo incentivo para continuar, a única opção que você tem é usar as mesmas armas. Aparentemente, sua colega não cruzou a linha da ética, e você pode estar enxergando conspiração onde existe apenas competição.

Trabalho em uma pequena empresa. O patrão me ofereceu uma promoção, mas sem reajuste, por enquanto. Segundo ele, a situação atual não permite. Mas, assim que as coisas melhorarem, eu receberia o devido aumento. Devo aceitar? L.S.
 
Ou você aceita ou sai. Recusar significaria – aos olhos do patrão – que você não quer colaborar com a empresa num momento de aperto. Eu lhe sugiro aceitar, e mostrar dedicação e entusiasmo na nova função. Primeiro, porque o patrão pode estar sendo sincero. E segundo, caso não esteja, você terá um cargo melhor e isso lhe permitirá procurar outro emprego num nível mais alto. Caso você aceite a promoção, seis meses é um bom prazo para descobrir se a promessa é real. Se nada acontecer nesse período, o mais provável é que você esteja sendo enrolado.

Estou há 19 anos na mesma função (e há 22 anos na mesma empresa). Vejo o tempo passar, e isso me preocupa. O que posso fazer? Mudar de emprego? Abrir meu próprio negócio? Carlos
 
Antes de tomar qualquer decisão, Carlos, há uma pergunta a que você precisa responder: por que você passou quase duas décadas na mesma função? Certamente, várias oportunidades surgiram durante esse tempo. Se você procurar um emprego melhor, essa é a pergunta que o entrevistador lhe fará. Se você procurar um emprego semelhante ao que tem, não vejo vantagem na troca. Quanto ao negócio próprio, minha sugestão é que você faça um curso de empreendedor no Sebrae, para – antes de torrar sua poupança – entender bem os benefícios e os riscos de ser patrão em vez de empregado. O que me parece, Carlos, é que você está numa situação profissional confortável. Por isso, não tome uma decisão precipitada. Mudar é bom, mas mudar só por mudar não é.
fonte: Época 2007

MAX GEHRINGER
é comentarista corporativo, autor de oito livros sobre o mundo empresarial - incluindo o recém-lançado Pergunte ao Max (Editora Globo) - e escreve semanalmente em Época. Para enviar uma pergunta, acesse a coluna do Max em www.epoca.com.br

Nenhum comentário: